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O papel dos testes para a acessibilidade digital

A transformação digital redefiniu a maneira como interagimos com o mundo, tornando a internet um espaço essencial para o trabalho, o estudo, o consumo e a comunicação. No entanto, junto com essa evolução, fomos apresentados ao desafio da acessibilidade digital.

É imprescindível que o ambiente digital seja acessível a todos. Garantir essa acessibilidade deixou, há muito tempo, de ser um diferencial para se tornar uma exigência fundamental, impulsionada tanto por imperativos sociais de inclusão digital quanto por obrigações legais.

Neste contexto, os testes de acessibilidade emergem como a ferramenta mais crítica para assegurar que produtos e serviços digitais sejam verdadeiramente inclusivos. No decorrer deste texto isso ficará mais claro. Então, continue com a leitura até o final para não restar dúvida!

O que é acessibilidade digital?

A acessibilidade digital pode ser definida como um conjunto de soluções e práticas que visam eliminar as barreiras digitais, permitindo que pessoas com deficiência (PcD) ou limitações adquiridas naveguem na web com total autonomia e independência.

Podemos dizer que, de certa forma, a acessibilidade no ambiente digital funciona como rampas de acesso em edifícios ou elevadores, que garantem a jornada fluida e sem impedimentos de pessoas com mobilidade reduzida. 

No meio digital, os sistemas devem ser projetados e desenvolvidos de forma que possam ser percebidos, operados e compreendidos por qualquer pessoa, independentemente de suas capacidades.

Para isso, layouts, funcionalidades, botões e diversos outros elementos devem passar por adaptações, de acordo com as diretrizes internacionais como o Web Content Accessibility Guidelines (WCAG).

Por que a inclusão digital é importante?

A inclusão digital é uma questão de direitos humanos e um fator de desenvolvimento social e econômico. No Brasil, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2023, cerca de 45 milhões de pessoas, aproximadamente 23,9% da população, possuem alguma necessidade especial.

Do ponto de vista legal, a legislação brasileira é clara. A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, Lei nº 13.146/2015, estabelece, em seu Artigo 63, a obrigatoriedade da acessibilidade em todos os sites mantidos por empresas com representação no país ou por órgãos governamentais.

Além da conformidade legal e do impacto social, a acessibilidade traz benefícios tangíveis para os negócios. Como, por exemplo, a empresa alcança um público de milhões de novos consumidores, aumentando o tráfego e a participação de mercado ao eliminar as barreiras para as pessoas com deficiência.

A imagem da marca também ganha muito valor. A demonstração de responsabilidade social e compromisso com a diversidade fortalece a reputação e o engajamento com a marca. Além disso, um sistema acessível é, por natureza, um sistema mais robusto e com melhor experiência de usuário (UX) para todos

Testes de acessibilidade como aliados

Os testes de acessibilidade são o processo formal de avaliação que garante que um software ou website atenda aos padrões de inclusão. É importante saber as diferenças desse tipo de testes para os de usabilidade tradicionais.

Enquanto os de usabilidade tradicionais apenas avaliam a facilidade de uso para o usuário médio, o teste de acessibilidade avalia a facilidade de interação para qualquer perfil de usuário, incluindo aqueles com as mais diversas limitações. Ou seja, ele realmente garante que todos, sem exceção, podem usufruir daquele produto ou serviço.

O papel desses testes é identificar e quantificar as barreiras que impedem a plena utilização do sistema. Permitindo assim que a equipe de desenvolvimento as corrija antes do lançamento. O resultado é uma experiência de usuário mais direta, fluida e cômoda. Oferecendo mais autonomia e independência aos usuários.

Tipos de teste de acessibilidade

São vastas as necessidades especiais que a população pode apresentar. Por isso, os testes de acessibilidade devem ser abrangentes, considerando as seguintes categorias de deficiência:

  1. Deficiência visual: avaliação para usuários com cegueira (uso de leitores de tela), baixa visão (ampliadores de tela) e daltonismo (contraste e cores);
  2. Deficiência auditiva: verificação da presença de legendas, transcrições e, no contexto brasileiro, a adaptação para a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS);
  3. Deficiências físicas/motoras: testes que garantem a navegabilidade completa apenas pelo teclado, sem a necessidade de mouse, e a tolerância a movimentos lentos ou erráticos;
  4. Limitações cognitivas e de aprendizado: análise da clareza da linguagem, da estrutura do conteúdo e da simplicidade da interface para facilitar a leitura e a interpretação.

A metodologia de teste geralmente combina a avaliação automatizada, usando ferramentas que verificam o código contra padrões como o WCAG, com a avaliação manual. É crucial incluir testes com usuários reais, principalmente com pessoas que possuem deficiência, para identificar problemas que as ferramentas não conseguem detectar

Garanta a acessibilidade digital com a Auditeste

 Aderir à acessibilidade digital é um investimento estratégico que protege sua empresa legalmente, expande seu mercado e reforça seu compromisso ético. No entanto, a complexidade das diretrizes e a necessidade de testes rigorosos exigem a expertise de parceiros especializados.

A Auditeste, com mais de 20 anos de experiência em Quality Assurance e Soluções Digitais, está preparada para ser sua aliada nessa jornada. Nossos serviços de testes de acessibilidade vão além da simples conformidade, integrando a inclusão como um pilar da qualidade do seu software.

Ao escolher a Auditeste, sua empresa garante que seus produtos digitais não apenas cumpram a Lei Brasileira de Inclusão, mas que também ofereçam a melhor experiência possível para todos os seus usuários.
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