A inclusão social tornou-se uma pauta quase diária no cotidiano das empresas e pessoas em geral. E, no ambiente digital esse assunto também não poderia ficar de fora. Nesse cenário, falamos de acessibilidade digital.
Felizmente, estamos vendo cada vez mais empresários preocupados em tornar seus negócios mais acessíveis para pessoas que contam com alguma necessidade especial. No entanto, existem alguns desafios nesse processo.
Além dos desafios, também é preciso entender ao que a acessibilidade no meio digital se refere, quais os tipos existentes, entre outros pontos. Contudo, é possível afirmar que contar com esse “diferencial” traz muitas vantagens para as empresas.
Então, se você tem interesse em saber mais sobre esse assunto, continue lendo esse conteúdo até o final!
O que é acessibilidade digital?
Da mesma forma que algumas pessoas precisam que o “mundo físico” seja adaptado para atender suas necessidades especiais, como por exemplo, uma rampa de acesso para cadeira de rodas. O mesmo deve ser feito no mundo digital.
Nem todo mundo tem a mesma experiência ao acessar um site da web. Um deficiente visual, por exemplo, precisa que uma página web conte com uma ferramenta de áudio que descreva o que tem nela.
Sites, aplicativos e ferramentas que se preocupam com essa inclusão estão promovendo a acessibilidade digital. Ou seja, a acessibilidade garante que todas as pessoas, independentemente de suas limitações e deficiências, possam ter a mesma experiência na internet.
Benefícios da acessibilidade
A acessibilidade digital é benéfica tanto para as pessoas que precisam dessa atenção, quanto para as empresas que promovem essa inclusão.
Isso porque, as pessoas com necessidades especiais podem ter autonomia para acessarem sites, realizarem compras online, aumentar seus meios de comunicação, entre outros. Além, claro, de se sentirem parte do todo, sem discriminação.
Para os negócios que se preocupam com essa inclusão, dentre as vantagens estão o fato de conseguir atrair mais clientes e ter mais engajamento. Visto que terão a oportunidade de atender um público que não é lembrado por muitas empresas.
A empresa irá se destacar entre os concorrentes e promover uma imagem melhor para seu negócio. Além disso, estará dentro das normas da LBI (Lei Brasileira de Inclusão).
Outro benefício é garantir melhor rankeamento nos mecanismos de buscas online. O Google leva a acessibilidade digital muito a sério e costuma priorizar sites que possuem essas ferramentas.
Importância da acessibilidade
Hoje em dia é possível fazer praticamente tudo pela internet. A digitalização de diferentes processos começou com o objetivo de deixar a vida das pessoas mais fácil e tornar essas operações mais rápidas.
No entanto, sem a inclusão, uma grande parte da população não pode usufruir desses serviços. Sendo assim, a acessibilidade digital é crucial para incluir essa população. Dessa forma, todas as pessoas podem usar a internet em sua capacidade total.
Também é importante lembrar que a acessibilidade digital não é usada apenas para incluir pessoas com alguma deficiência. Mas, também, para pessoas mais velhas que têm dificuldades com tecnologia.
Pessoas que estão com alguma limitação física, como por exemplo, um braço quebrado, também podem se beneficiar da acessibilidade. Nesse caso, um exemplo útil de acessibilidade seria os atalhos no teclado.
E, como mencionado anteriormente nos tópicos acima, garantir a inclusão é lei e deve ser respeitada mesmo no ambiente digital.
Tipos de acessibilidade digital
Existem diversos tipos de barreiras que impedem as pessoas de terem uma experiência completa na internet. Mas, de maneira geral, a acessibilidade digital foca em quatro principais barreiras. Sendo elas: visual, auditiva, motora e idade.
Abaixo vamos falar mais sobre cada uma delas. Confira.
Visual
A deficiência visual envolve desde pessoas com cegueira, daltonicos e com baixa visão. Para essas pessoas, é fundamental que as páginas da internet ofereçam letras e cursores maiores, contraste de imagem.
Também é preciso se atentar a letras com muitos detalhes, como serifas ou letras decorativas. É preciso evitar também o uso excessivo de negrito.
Auditiva
Para as pessoas surdas ou com outros problemas de audição, como audição baixa, é importante que as páginas de web disponibilizam legendas, transcrição do conteúdo ou até mesmo a opção de ter aquele conteúdo lido por um intérprete de língua de sinais.
Motora
Teclado e mouse podem ser os verdadeiros vilões para pessoas com problemas motores. Tecnologia assistiva, como telas sensíveis ao toque ou que respondem a movimentos dos olhos são ótimas soluções.
Mouse e teclados especiais para atender esse público também pode ser uma opção de acessibilidade.
Idade
Com a idade, alguns problemas como a vista cansada, perda de audição, entre outros, também chegam. Por isso, a acessibilidade digital deve ser pensada para promover uma inclusão digital para pessoas mais velhas.
Desafios da acessibilidade
Apesar da acessibilidade estar ganhando mais espaço nos dias atuais, ainda existe uma escassez sobre informações adequadas para a implementação dessas soluções em empresas e sites.
Sendo assim, não existe um padrão ou processo definido que ajude as pessoas a contratarem serviços de acessibilidade ou oriente as empresas na hora de implementá-los nos seus processos.
De modo resumido, o maior desafio para a acessibilidade é a falta de conhecimento sobre o assunto. Conscientizar os colaboradores de uma empresa sobre o assunto e tornar a integração eficiente estão entre os desafios.
Soluções para acessibilidade digital
Apesar de não existir um padrão definido para a contratação e implementação de ferramentas de acessibilidade digital, existe o WCAG 2.2. O WCAG, sigla para Web Content Accessibility Guidelines (ou em português, Diretrizes de Acessibilidade de Conteúdo da Web) é um guia para a construção de um site mais acessível.
O guia é sempre atualizado para acompanhar as mudanças nas diretrizes. Isso é fundamental para que seja possível contemplar cada vez mais questões relacionadas à inclusão digital.
Também é recomendado buscar a opinião de pessoas com deficiência na hora de criar um site com acessibilidade. Afinal, são essas pessoas que entendem melhor do assunto e são elas que irão usar o produto final.
Testar as funcionalidades dos testes com pessoas diferentes necessidades também é uma boa forma de saber se o site está responsivo ou não.
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