O web3 está em discussão e parte da ideia de acompanhar os avanços dos últimos anos em relação ao ambiente digital, que está cada vez mais regulado, confiável e integrado ao dia a dia de tantos internautas.
No entanto, até agora esse novo período da internet está longe de ser verdade. Pelo contrário, tudo não passa de suposições e teorias baseadas em posse, isto é, formas dos usuários comprarem direitos de bens e serviços usados unicamente no digital.
Justamente essa ideia de consumismo é o que coloca em cheque desta nova época da internet. No entanto, é impossível negar que muitos apontamentos sobre a terceira geração da web podem render benefícios.
Para explicar melhor e contextualizar sobre o futuro da internet, mais especificamente o web3, a Auditeste preparou este guia com tudo o que você precisa saber sobre o assunto do momento!
Quais são as versões da internet?
Até o momento, há dois períodos da internet: a web1 e a web2. Em comum, elas marcam avanços relacionados à democratização e implementação da internet na rotina das pessoas e empresas, assim como regularizações ou mesmo a falta delas.
O primeiro período, web1, considera a estruturação e o uso da internet fora da teoria. Aqui, a grande marca é a possibilidade de criar arquivos em textos e torná-los legíveis sem a dependência de ter máquinas interconectadas.
Já o web2, momento atual da internet, considera os aspectos de democratização e implementação no dia a dia, especialmente através de máquinas domésticas e dispositivos móveis. Indo além da leitura, o web2 considera o papel mais ativo do usuário.
Para entender melhor estes dois períodos, abaixo a Auditeste explica e traz ainda mais detalhes.
1. Web1
A web1 é o período mais breve da internet e acontece entre os anos de 1991 e 2004, sendo considerada como a época de “somente leitura” pelos cientistas e entusiastas da tecnologia.
Aqui, o ambiente era mais restritivo em termos de navegação e não havia muitas possibilidades de interação, tendo diferentes páginas estáticas e sem funções. Muitas vezes, o site funcionava apenas com o campo de pesquisa e leitura do conteúdo.
Inclusive, essa característica de leitura marcou este período, dando o nome para o web1.
Vale destacar também que, por ser uma tecnologia muito recente, o ambiente digital não tinha nenhum tipo de regulamentação. Assim, todo tipo de conteúdo poderia ser postado e com diferentes finalidades sem consequências no mundo real.
2. Web2
A partir de 2004, a internet rapidamente se popularizou entre empresas e pessoas físicas, dando início ao período de “leitura e escrita”, que segue até os dias de hoje. O nome, leitura e escrita, tem a sua origem relacionada aos blogs pessoais, às salas de bate papo online e o início das redes sociais.
À época, o cenário da internet cresceu rapidamente e, pouco menos de duas décadas depois, transformou-se no ambiente conhecido hoje, possibilitando facilitações na hora de consumir os mais variados tipos de conteúdos e integrando a rotina dos usuários.
Nessa aceitação, os usuários deixaram de apenas reagir aos conteúdos e passaram a não apenas ler, mas também produzir conteúdos.
No entanto, essa produção de conteúdo gerou diferentes tipos de dados e nisso empresas passaram a usar essas informações para criar soluções e trabalhar com demandas até então latentes.
Empresas se especializaram em armazenar e coletar informações dos usuários, e antecipar preferências comerciais, criar anúncios mais adequados e formar convenções sociais sobre determinados temas, como bolhas de opinião.
É esta questão logo se tornou uma problemática, afinal ainda não há um monitoramento para o uso de dados pessoais, tanto de empresas quanto dos bilhões de usuários ativos.
Hoje, os Estados Unidos lideram debates sobre os papéis das Big Techs, como Meta (antigo Facebook), Microsoft, Google, entre outras, e atuam em busca de formas de gerar transparência aos usuários.
O que é web3?
Web3 é um cenário projetado para os próximos anos que tem gerado debate desde 2014, ano em que a ideia foi concebida por Gavin Wood, um dos co-fundadores do blockchain ethereum e sua token Ether. Nessa projeção, o ambiente digital passa a funcionar com mais segurança, transparência e de modo descentralizado graças aos avanços do blockchain e da inteligência artificial.
Ainda de acordo com o cientista de programação, os usuários seriam rastreáveis e verificados como pessoas reais a partir do blockchain e um ledger, responsável pelas validações e similar a um registro público.
Portanto, toda transação, mudança e acesso seria rastreável por conta deste registro público da rede. Isso impede que dados sejam vazados, manipulados ou sequer compartilhados sem uma autorização do detentor dos dados.
Outra característica defendida por Wood sobre a web3 é a sua natureza democrática.
No futuro período, acredita-se que a internet seria irrestrita e não dependeria de provedores ou serviços contratados a parte para ter acesso.
Do mesmo modo, a necessidade de cadastrados não teria mais propósito visto que a identificação pessoal seria feita ao se conectar.
A web3 será real algum dia?
Não, dificilmente a web3 conseguirá ser concretizada devido aos custos de tirar esta ideia do papel ou até mesmo de conscientizar os bilhões de usuários ao redor do mundo.
Sabe-se que o sistema blockchain tem um forte custo energético e isso causa uma dificuldade muito grande de tornar este formato de operação financeira mais prática.
No caso do novo período da web, embora útil, os investimentos impedem que usuários comuns aderem à ideia. E sem usuários, o blockchain não seria mantido e a ideia deste ambiente web não sairia do papel.
Fora isso, há também os custos de aprendizado. Hoje, navegadores, aplicativos, jogos, streaming e muito mais consideram os protocolos TCP/IP para conectar os usuários às tantas possibilidades existentes.
Mudar este protocolo de modo radical implica na necessidade de reestruturar todos os sites existentes, assim como ensinar aos usuários como a nova tecnologia funcionaria. Logicamente, isso gera uma barreira extra para o web3 um dia se concretizar.