Muito tem se falado sobre a “Reforma Tributária 2026”, esse termo faz referência às mudanças fiscais que devem começar a ser implementadas nas empresas a partir do ano que vem.
O sistema fiscal e tributário do Brasil é historicamente conhecido por sua complexidade e burocracia. Por isso, o objetivo da nova reforma é justamente simplificar esse processo através da exclusão de alguns impostos e criação de outros.
Mas, antes de facilitar o processo, empresas de diversos setores serão impactadas com as mudanças. Afinal, elas precisam se adequar às novas normas para poderem continuar operando normalmente.
Para saber os impactos em cada setor e como prepará-los para essas mudanças, continue lendo este conteúdo até o final. Aqui, vamos explicar tudo.
Reforma Tributária 2026 e mudanças
A transição para a nova reforma será feita de forma gradual, visto que ela começa a ser válida mesmo apenas em 2033. No entanto, é preciso começar o processo de adequação o mais rápido possível. Daí surge a tão falada Reforma Tributária 2026, visto que os primeiros passos para a mudança devem ser tomados já no ano que vem.
Durante esse período de transição gradual, as empresas brasileiras precisarão lidar com dois modelos tributários ao mesmo tempo. Isso, por si só, exige muita atenção e um bom planejamento, além de contar com a adequação dos sistemas.
As principais mudanças incluem a substituição de PIS, Cofins e IPI pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal, e a unificação de ICMS e ISS no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de competência estadual e municipal.
A mudança conta ainda com a criação do Imposto Seletivo (IS), criado para desestimular o consumo de produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
Impactos da Reforma Tributária 2026 em diferentes setores
Muitos setores serão impactados pela Reforma Tributária 2026. Empresas que atuam em diferentes áreas vão precisar rever as regras de negócios e se adaptar aos fluxos de apuração e escrituração.
Nos tópicos abaixo trouxemos de forma mais detalhada como alguns dos principais setores serão impactados. Confira!
Setor de Tecnologia (TI)
Empresas do setor de TI, principalmente as que se enquadram no Simples Nacional, vão precisar adaptar seus sistemas de gestão e emissão de notas fiscais para o novo modelo de arrecadação.
Isso ocorre devido a extinção do ISS municipal, sendo este a base atual da tributação para serviços de tecnologia no Simples Nacional. E a substituição por IBS e CBS, que pode gerar um aumento da carga tributária, dependendo das alíquotas finais.
Financeiro
A adaptação do setor financeiro será um pouco diferente das demais. Isso porque, esse setor é um dos mais impactados, com as maiores mudanças. Historicamente, ele é tributado de forma diferente dos demais.
Agora, contará com um um regime específico para a incidência de CBS e IBS. A Lei Complementar nº 214/2025 prevê que esses impostos incidirão sobre uma base de cálculo distinta, composta pelas receitas das operações.
Além de passar a ter deduções expressamente previstas e vedação de dedução de despesas administrativas.
Para evitar impactos abruptos, será feita a transição gradual das alíquotas entre 2027 e 2033, e a manutenção das alíquotas de 2033 a partir de 2034. Para o setor, o objetivo da mudança é que a carga tributária passe a ser neutra.
Sendo assim, o montante a ser pago de IBS e CBS seria equivalente ao somatório dos tributos atuais (PIS/Cofins, IPI, ICMS e ISS) não recuperáveis.
Agronegócio
O agronegócio é outro setor que terá tratamento específico, com a manutenção de benefícios fiscais para insumos agropecuários.
Em primeiro momento, o fim da cumulatividade do PIS/Cofins e a criação da CBS podem elevar os custos nas etapas iniciais da cadeia produtiva. Com mais impacto nas pequenas e médias propriedades.
As cooperativas rurais e empresas do agronegócio precisarão revisar suas estruturas tributárias, pois o aproveitamento de crédito será determinante para reduzir a carga final.
Indústria
O setor da indústria pode se beneficiar da reforma tributária 2026, em especial as de transformação e bens de consumo.
Isso porque o novo sistema de crédito amplo do IBS/CBS permitirá a dedução do imposto pago em cada etapa da cadeia, eliminando o efeito cascata que encarece o produto final.
Essa mudança vai proporcionar mais transparência e previsibilidade tributária. O que, consequentemente, pode melhorar a gestão de custos e a competitividade.
No entanto, indústrias com regimes especiais ou incentivos de ICMS podem perder parte desses benefícios, o que exigirá uma revisão no planejamento estratégico.
Setor de serviços
As empresas que atuam no setor de serviços são as que mais sentirão o baque negativo da mudança. Visto que grande parte dessas empresas recolhe impostos de regimes simplificados, como por exemplo o Simples Nacional.
Com a implementação da CBS e do IBS, a alíquota geral será uniforme e próxima de 25%. Com isso, a carga tributária de empresas como escritórios, clínicas, academias, entre outros, poderá aumentar significativamente.
Educação e saúde
Empresas de educação privadas e da área da saúde que não se enquadram no Simples Nacional podem ser impactadas com a perda de isenções e a elevação de alíquotas.
Benefícios como imunidades ou reduções tributárias podem ser extintos. Caso isso ocorra, essas empresas lidarão com tributação mais pesada.
Se prepare com a Auditeste
Adaptar a empresa para as mudanças da Reforma Tributária 2026 pode ser um processo muito desafiador e complexo. Ele exige um bom planejamento para que nenhum erro passe despercebido.
Por isso, a melhor forma de se adequar às novas normas é contratar uma empresa que possa ajudar no processo. A Auditeste oferece alguns serviços que podem auxiliar as empresas.
Como, por exemplo, um diagnóstico técnico e funcional que ajuda no entendimento das adaptações necessárias, o acompanhamento completo da migração e validações exigidas por lei, suporte em ambientes e sistemas que precisam passar pela mudança, agilidade, rastreabilidade e inteligência nas validações, entre outros.
Entre em contato e saiba como podemos ajudar!